MEDIUNIDADE

             Meus irmãos, boa noite. Venho falar-vos hoje sobre a mediunidade.

A mediunidade pressupõe a higiene mental, o coração aberto para a caridade e, principalmente, para a humildade.

A mediunidade não é um estado comum do ser humano, é antes um estado de intercâmbio, de doação de luzes preciosas, de pérolas e de diamantes espirituais. Sendo assim, esse dom deve ser cultivado, mantido limpo, harmonizado, para que o médium possa receber o auxílio e a proteção dos irmãos bem-intencionados do espaço. Caso contrário, o médium, esse ser detentor de tão precioso dom, será deixado à própria sorte, pois os trabalhadores do mundo espiritual têm muito a fazer no apoio a outros medianeiros sinceros e honestos e não podem perder tempo com quem não se dispõe a cuidar do próprio progresso.

São devidos a fatores dessa ordem os problemas de tantas casas religiosas que não contam com a devida proteção. São elas frequentadas por médiuns despreparados, que caem, muitas vezes sem querer e sem o perceber, sob a influência dos espíritos das trevas. É por isso que o grupo precisa exercitar constantemente a vigilância e o discernimento, propiciar a contínua educação dos médiuns, para que o orgulho não se faça presente e ponha a perder todo o trabalho.

Quando há problemas não resolvidos de relacionamento, de falta de humildade e caridade, os guias da casa se afastam e os espíritos das trevas assumem e passam a mistificar os médiuns orgulhosos. Uma vez instalada essa situação, pela pura e simples aceitação do grupo, passam a ocorrer problemas de ordem material e espiritual, problemas de saúde, de família, problemas de toda ordem – tudo porque o médium não está assistido. Nesse ponto é que fica demonstrada a importância do estudo para, principalmente, despertar nos médiuns a necessidade da permanente vigilância.

Todos somos médiuns, de uma forma ou de outra, em todos os setores e em todos os momentos da vida – no lar, no trabalho, na rua – onde quer que estejamos e seja qual for a circunstância em que nos encontremos. Somos nós os únicos responsáveis pela orientação que dermos ao desenvolvimento da nossa mediunidade.

Quando falamos com os superiores, com os companheiros ou com os subordinados, quando nos dirigimos aos membros da família ou às mais diversas pessoas que cruzam o nosso caminho na vida diária, estamos no desempenho do papel de médium. Assim, somos médiuns não apenas durante a reunião mediúnica, mas em todos os momentos de nossas vidas.

No dia em que a humanidade entender o poder do pensamento e as possibilidades que decorrem do contato com os irmãos do espaço, nesse exercício constante da mediunidade, ocorrerá a grande transformação que todos almejamos.

O médium com Cristo é um privilegiado, pois sabe usar a faculdade que tem, o conhecimento e o progresso conquistados no serviço do Evangelho para construir um mundo diferente, um mundo melhor. Vós, meus irmãos, sois privilegiados, pois fizestes germinar em vós a semente da mediunidade. É preciso aguar todos os dias essa plantinha tenra com o estudo e a prática do Evangelho e da Doutrina Espírita.

Todos somos médiuns, seja no plano físico, seja no plano espiritual. O médium com Cristo pode fazer muito, pois já acrescentou à sua natural aptidão o privilégio do conhecimento. É preciso, porém, colocar esse conhecimento em prática, evitar o desperdício desse precioso dom. Como seres criados à semelhança de Deus, fomos feitos médiuns. Fomos colocados no plano físico para desenvolver as capacidades e as habilidades da comunicação. Como seres inteligentes que somos, podemos perceber essa lógica em tudo que existe, em tudo que nos cerca.

Não podemos deixar passar mais esta oportunidade. O tempo gasto na preguiça, na calma improdutiva, no falatório sem significado é perfeitamente desperdiçado. Somos todos responsáveis. O tempo urge, e o uso do tempo somos nós que comandamos. Vamos usá-lo na prática da caridade – caridade que começa com nós mesmos. Como poderá o médium ceder sua energia curadora aos irmãos necessitados, se ele mesmo não está bem?

Assim é que vos convido: vamos dominar todas as partículas e correntes energéticas do nosso corpo, vamos tornar nosso corpo e nossa mente perfeitos para o trabalho na seara do bem. Vamos evitar desperdiçar o tempo, vamos ao trabalho com disposição de ânimo e o coração transbordante de gratidão pela oportunidade recebida. Vamos praticar a caridade sem rótulos, a todo instante, em atos, em palavras e em pensamentos. Mesmo porque, como sabemos, logo não precisaremos falar para efetuar a comunicação. Utilizaremos a energia que seria gasta na fala para gerar pensamentos, a energia consumida pelo corpo físico para sustentar os nossos corpos superiores.

Mediunidade é comunicação, é evolução constante e incessante. O tempo urge. O que ficar para trás será de muito difícil recuperação. Médiuns que somos, temos essa capacidade de comunicação com os espíritos superiores, com o próprio Cristo e outros seres de luz que vieram à Terra para orientar a nossa evolução. Para que engatinhar, se podemos voar?

Nas reuniões espíritas, todos devemos trabalhar de acordo com as nossas aptidões e as nossas capacidades. O tempo não espera. Somos seres livres. Somos todos irmãos. Os mestres e os mentores desejam, mais que tudo, auxiliar o vosso progresso, mas deveis fazer a vossa parte. Tendes a liberdade para aceitar ou para recusar as mãos que, desde o Além, se vos estendem. Vós escolhestes a vida que tendes. Nada vos foi imposto. Vamos assumir, vamos lutar, vamos vencer – vencer com Cristo no coração.

Peço-vos que reflitam sobre tudo que foi estudado e dito nesta noite.

Que o Mestre Jesus ilumine a todos – e que a Paz Divina possa vencer neste Planeta.

Brasília, 14/05/2013 – Joseph

Comentários

  1. Obrigado por compartilhar esse texto. É de grande ensinamento. Deve ser lido várias vezes para percebermos a riqueza de seu conteúdo. Abs.

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